3 formas de dividir a sua empresa para melhor uso do APS
Quando se começa a pensar na implantação de uma solução APS, uma das primeiras dúvidas que se apresentam é: “Devemos dividir a empresa em modelagens diferentes? E como fazemos isso?”Bom, primeiramente, devemos discorrer sobre o que é uma modelagem? Chamamos de modelagem uma unidade independente do sistema APS. Assim, como nos problemas matemáticos modelamos um problema real e o transformamos em um problema teórico, porém, ao invés de escrevermos uma expressão matemática, realizamos isso usando o sistema APS.Assim sendo, em cadeias de produção complexas dentro da mesma empresa, a divisão das modelagens de APS pode influenciar diretamente na qualidade e na aderência da solução. Portanto, sempre é importante discutir os impactos positivos e negativos de cada arquitetura que iremos adotar. A grande trade off que se realiza nessa parte do projeto é quanto mais separamos as modelagens, a visão holística da fábrica fica prejudicada, porém quanto mais agrupamos as modelagens mais complexa fica a solução.Para exemplificar, separamos 3 tipos de divisões de modelagens:1 - Divisão FísicaTalvez essa seja a mais natural de todas e muitas vezes acontece sem discussão. Imagine o exemplo de uma empresa que tem sede em Porto Alegre e São Paulo. Originalmente, provavelmente essas duas sedes terão cada uma um programador, com as suas regras de programação, seus parâmetros específicos e outras diferenças básicas. Para dar a devida independência às duas plantas, pode ser interessante que se arquitete uma modelagem independente para cada.2 - Divisão Por Processo ParaleloAgora vamos imaginar que essa mesma empresa produz dois tipos de produtos (caneta e lápis). Pode ser interessante separar cada tipo de produto em uma modelagem, mesmo que seja produzido na mesma sede. Porém muito cuidado ao realizar esse passo, temos que satisfazer uma premissa básica do sequenciamento: o mesmo recurso só pode ser sequenciado por uma modelagem. Ou seja, as máquinas que produzem os componentes da caneta, não irão produzir os componentes do lápis, assim garantimos que o fluxo de cada tipo de produto não se misture com o fluxo do outro.3 - Divisão Por Processo em SérieOutro exemplo que é bastante comum é ter uma modelagem por etapa de produção. Por exemplo, se a nossa fábrica de canetas, fosse separada no setor de Montagem e de Embalagem. Essa divisão pode fazer bastante sentido para dar independência para os processos, mas também requer que haja uma divisão já processual entre esses dois setores, por exemplo: um estoque de canetas montadas para o setor de embalagem. Nesses casos, pode ser um grande ganho agrupar esses setores para ter uma visão de fluxo da ordem de produção e o impacto de uma mudança de programação no outro processo.Então, como podemos perceber é possível desenhar a solução de diversas maneiras para um projeto de implantação de APS, mostrando o quanto essa solução é flexível e adaptável às diversas cadeias produtivas aliadas à experiência de mercado. Agora conte para nós, qual seria a melhor arquitetura para a sua?[noptin-form id=2822]