OEE: conheça esse indicador de eficácia em indústrias
Você já notou que geralmente nas fábricas por aí, sempre rola uma conversa sobre um tal de OEE? É tipo o astro principal na hora de medir o desempenho da produção. Mas será que sabemos mesmo do que se trata o OEE e como usar ele pra turbinar a performance da fábrica? Vamos cavar um pouco mais fundo nesse assunto e descobrir as manhas desse indicador!
OEE, que vem do inglês Overall Equipment Effectiveness, ou Eficácia Geral do Equipamento em português, nascido com intenção de auxiliar o TPM (Manutenção Produtiva Total). é considerado o padrão de ouro para avaliar a produtividade na fabricação. É um conceito central na manufatura enxuta e um indicador chave de desempenho para qualquer instalação de produção, unidade fabril ou estação individual.
A grande sacada do OEE é que não é só um número bonito pra gente admirar. Ele tá aqui pra fazer a diferença de verdade, apontando onde a produção está precisando de ajuda e como podemos melhorar.
Mas claro, não basta só ter o OEE na manga e esperar a mágica acontecer. Implementar isso direito é um processo que requer organização e ter um time alinhado é crucial. Tem que ter os dados certos em mãos, entender os princípios básicos e, principalmente, os benefícios que isso traz pra empresa.
O OEE funciona como um detector de problemas na produção, revelando as falhas ao longo da linha e nas máquinas, o que muitas vezes é chamado de "fábrica oculta". Ele mostra onde estamos perdendo oportunidades de produção com os recursos que temos disponíveis.
Além disso, o OEE orienta as estratégias de alocação de recursos e manutenção ao destacar os problemas reais dentro da fábrica. Ao concentrar esforços na eliminação de desperdícios, o OEE não apenas mede o desempenho, mas também impulsiona a busca pela melhoria contínua. Podemos ir mais além, se você tiver o OEE em tempo real, conectado a uma ferramenta de APS (advanced planning & scheduling), poderá prever se vai cumprir as ordens de produção e ajustar a entrega de clientes e ainda, antecipando problemas ou reclamações, você estará levando sua empresa para outro patamar de informação.
O interessante desse indicador é que se concentra nas áreas críticas de perda de produtividade, agrupadas em três categorias principais: disponibilidade, desempenho e qualidade. Estas categorias são fundamentais para entender como os equipamentos de fábrica são utilizados e como os produtos são entregues aos clientes.
Mas afinal, como a gente calcula esse tal de OEE? Bom, o OEE é resultado da multiplicação de três partes: disponibilidade, desempenho e qualidade. Vou te explicar o que cada uma delas significa e como calcular:
Disponibilidade
Isso é quanto tempo a máquina ou linha de produção ficou disponível pra trabalhar conforme o planejado, sem paradas não previstas. Pra calcular isso, olhamos o tempo total em que era pra máquina ou linha deveria estar trabalhando e subtraímos o tempo que ela ficou parada por algum motivo. Os motivos podem ser paradas planejadas ou não planejadas: explicar as planejadas, as quais faltaram no texto.
As paradas não planejadas são quando a máquina para inesperadamente, sem a gente ter programado. Pode ser por quebra de equipamento, falta de operadores ou até falta de material. Já as paradas planejadas são aquelas que sabemos antecipadamente que ia acontecer, como manutenção, ajustar alguma ferramenta ou até limpar a máquina.
É importante lembrar que a lista de motivos pra paradas pode variar dependendo do tipo de produção e da empresa. Mas um bom jeito de começar a entender é anotar as causas mais comuns de paradas.
E tem mais uma coisa: não se conta como perda de disponibilidade as paradas já programadas, como grandes manutenções planejadas (como aquelas de fim de ano, por exemplo) ou reformas. E também não conta devemos contar quando a falta de demanda ou alguma sazonalidade determina que fechemos alguns turnos completos previamente. que acaba deixando a máquina sem programação de produção. Estes são excluídos do cálculo do OEE. Por outro lado, tempos de setup e espera por produção de outros setores para produzir são contabilizados
Desempenho
Aqui estamos observando a velocidade real da máquina ou da linha de produção comparada com a velocidade que foi prevista. Essa velocidade prevista, às vezes chamada de "taxa máxima demonstrada" (MDR) ou "tempo de ciclo ideal", representa o máximo que a máquina deveria conseguir produzir.
O desempenho mostra o quanto a máquina realmente rendeu durante o tempo em que estava funcionando, comparado com o máximo que poderia ter rendido operando naquela velocidade máxima.
Dividimos as perdas de desempenho em dois tipos:
Micro paradas: São aqueles momentos em que a máquina para por um curto período, geralmente menos de um minuto. Muitas vezes o próprio operador consegue resolver o problema rapidamente. No entanto, essas paradas podem ser tão frequentes que o impacto delas pode passar despercebido. Exemplos incluem falhas na alimentação, atolamentos de material, configurações erradas e até limpezas rápidas que precisam ser feitas ocasionalmente.
Ciclos lentos: Estes são os momentos em que a máquina funciona mais devagar do que a velocidade esperada. Isso pode ser causado por vários motivos, como a máquina estar suja ou desgastada, lubrificação inadequada, material de qualidade inferior ou ajustes incorretos. Fatores humanos, como falta de treinamento ou experiência dos operadores, também podem influenciar nisso.
Qualidade
O terceiro aspecto do OEE se concentra na qualidade dos produtos fabricados. Em termos simples, qualidade refere-se à porcentagem de produtos que saem da linha de produção de acordo com as especificações do cliente desde a primeira vez. As perdas de qualidade são divididas em duas categorias: rejeitos de produção e rejeitos iniciais.
Rejeitos de produção: Esses são os defeitos que surgem durante a produção estável, ou seja, quando a linha está operando sem grandes problemas. Esses defeitos podem ser corrigidos através de retrabalho. Por exemplo, produtos com peso incorreto, problemas de etiquetagem, não conformidades químicas ou físicas e embalagens danificadas.
Rejeições iniciais: Aqui entram os defeitos que ocorrem desde o início da produção até que a linha se estabilize. Esses defeitos geralmente são mais perceptíveis após trocas de turno ou ao iniciar a operação dos equipamentos. Exemplos incluem produtos fora dos padrões, equipamentos que precisam de tempo para aquecer ou que geram resíduos no início da operação.
Para ficar mais fácil de entender como unir tudo isso na fórmula, criamos o exemplo abaixo para que possa entender melhor e ter o calculo do seu OEE. Olha só:
Um ponto importante, cada um desses pilares do calculo do OEE, tem alguns erros comuns que devemos ter cuidado para não calcular errado distorcendo o indicador.
Veja exemplos abaixo:
Disponibilidade:
A disponibilidade é uma área onde surgem diversos desafios no cálculo do OEE. Um erro comum é a exclusão excessiva de paradas no cálculo do OEE.
Por exemplo, muitas vezes as trocas de turno são omitidas do cálculo, embora representem períodos significativos de inatividade. Imagine uma troca que dura 30 minutos quando estava programada para durar apenas 10 minutos. Isso resulta em uma perda de 20 minutos no processo, o que pode impactar consideravelmente a produção. Identificar e compreender essas perdas é crucial para melhorar a eficiência operacional.
Desempenho:
Um desafio comum relacionado ao desempenho é a falta de compreensão do rendimento máximo potencial das máquinas. Muitas vezes, os fabricantes subestimam a velocidade real de produção, o que pode levar a uma leitura incorreta do OEE, com uma porcentagem de desempenho superior a 100%.
Uma forma de resolver isso é entrar em contato com o fabricante da máquina para obter informações sobre a taxa máxima demonstrada (MDR). Se isso não for viável, é possível estabelecer uma referência com base nos registros das mudanças mais rápidas. Ajustar periodicamente os tempos de ciclo com base no desempenho dos operadores também pode ajudar a melhorar a precisão do cálculo.
Qualidade:
No que diz respeito à qualidade, dois desafios principais surgem no cálculo do OEE:
A falta de um método confiável para registrar automaticamente a sucata, o que muitas vezes requer que os operadores registrem manualmente as rejeições.
O atraso na obtenção de informações de qualidade, o que pode resultar em dados imprecisos ao calcular o OEE retrospectivamente.
Resolver essas questões é essencial para garantir que o cálculo do OEE reflita com precisão a eficiência e a qualidade das operações de produção.
Entender e implementar o OEE é fundamental para estabelecer metas alcançáveis e otimizar a utilização dos equipamentos. Seguir um guia de implementação bem-sucedido garante que você esteja no caminho certo para alcançar seus objetivos na manufatura enxuta.
Agora que entendemos melhor o que é o OEE, como podemos começar a implementá-lo em tempo real em nossa empresa? Na NEO, somos especialistas nesse assunto e já ajudamos empresas em todo o mundo a alcançarem seu potencial máximo. Para facilitar ainda mais essa jornada, estamos oferecendo 30 dias grátis da nossa ferramenta de OEE, juntamente com o hardware necessário para conectar-se aos seus equipamentos e transmitir os sinais (Sim, você leu certo! São 30 dias com os equipamentos e sem custo algum!). E antes que você pergunte sobre pegadinhas ou letras miúdas, saiba que se por acaso não gostar ou não se adequar ao seu processo, basta devolver o equipamento. Simples assim, porque nossa missão é ajudar a indústria a alcançar todo o seu máximo potencial.
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